Onomatopeia
O fiasco da escrita crua,
sem moldura,
será que dura?
Não é por pretensão que se
perpetua
se agora é contada.
Escriturada.
O que mais pode querer a mão
calada?
se finda o calo na unha
amarelada
que mergulhada em água clara
livre do colorido que a
doença emprestara
ajeitou enfim o cabo da
panela ensebada.
Quanto tempo a fome dura?
Quanto tempo a fome dura?
Desde a semana passada.
Um rosto varrido em verde
carne exposto:
Qual o gosto?
Retificado pra troféu e
medalha
Quantos ais tinha aquele
rosto?
Agora não mais
Não ais
Sem paz
Aquele rosto era popularesco
Nada não se assemelhava nele
na calçada
Raríssimo na sala.
Aquele-aquela
Tínhamos
Temos
Eu e tu
O agora-já
Já passou
Está sendo
Ficamos mais velhos dizem
.
.Ficamos apenas.
Finda aqui o rosto
pretenso.
Reitero:
O gosto não acaba na escrita
O rosto não acaba com o
gosto
Eu gosto de ti
E do que respira
Será que a mosca respira?
Certamente ela não morrerá
no agora-já
Nem daqui a pouco
Nem amanhã.
Morre mais gente que mosca
Fica mais gente sem o gosto
.
Rafaela Sena
Boa tarde querida Rafa.. sempre com uma escrita atual.. mostrando tudo que muitos olhos não querem ver e se fecham não é.. nunca consegui fazer desta forma.. eu sempre com minhas rimas srsr fazer o que né.. viciou aqui rsrs beijos e até sempre
ResponderExcluir