Jogos Lúcidos: A Poética além do Letramento e os arames massacrantes.
O que acontece quando você lê poesia para uma criança?
Ela te olha estranho, pensativa, pede pra repetir, pede
pra ver outra... E o que acontece quando essa poesia é lida dentro de uma
escola, não pra uma criança, mas para um grupo de crianças, em sua maioria
moradoras da periferia, que diariamente tem que lidar com as mais diversas
situações dentro e fora do seio familiar, às vezes sem as condições mínimas de
moradia, saúde e alimentação?
Como apresentar a poesia, nem que seja por uns minutos no
dia destes pequenos e fazer ela ficar?
Não tem receita. E penso que essa é uma das potências da
poesia, ela funciona diferente pra cada um, ela chega diferente em cada um,
aprendemos a respeitar isso.
E desta vez resolvemos apresentar a poesia de outra forma,
com outras mãos, mãos pequenas. O barato era experimentar, escolher, colar,
cortar, ser o autor do livro. Levar para o quintal e olhar além dos arames
massacrantes, dos arames que nos paralisam e contaminar eles com nossos
olhares. Assim, o projeto Palavra Coletiva abarcou na Escola Municipal Marinete e eis que tudo começou a brotar.
Levantando essa Bandeira!
Um poeta chamado
Patativa que tinha asas maiores que o mundo!
Bom dia Rafa.. uma bela iniciativa visto que anos atrás dei uma palestra no interior da minha cidade e despertei isso nas crianças.. algumas fizeram poesias para um concurso com poesias rimadas e tudo mais.. bacana isso né.. que esta arte sempre viva em nós.. abraços e até sempre
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